domingo, 5 de maio de 2013

A Guerra de Secessão e "A Juventude de Blueberry"


A primeira prancha de "Trois hommes pour Atlanta", 
volume 8 de "La Jeunesse de Blueberry". 
© Corteggiani / Wilson - Dargaud 1993


A Guerra de Secessão

A primeira guerra moderna

Foi em 1861 que eclodiu a Guerra de Secessão. Esse grande conflito entre o Norte e o Sul dos Estados então desunidos, nasceu de um grande temor: temor de ver o Sul pouco a pouco estender o domínio da escravatura e colocar em questão qualquer uma das liberdades essenciais dos Americanos; temor do Sul de ver o Norte oprimir progressivamente suas possibilidades de expansão e finalmente destruir as bases sobre as quais estava construída toda a sociedade sulista, que eram as práticas ligadas à escravidão dos negros.

Os primeiros confrontos graves foram em Bull Run (Manassas para os Sulistas), um lugar muito próximo a Washington, em 1861. Outras batalhas impressionantes se seguiram, fazendo milhares de mortos de um lado e do outro, seja em Richmond, Gettysburg, Chanceloorsville, Vicksburg, ou em Atlanta e Savannah, durante a campanha do exército do General Sherman para dividir o Sul em dois e esse perdesse a vontade de levantar a cabeça.

Durante o inverno de 1864-65, as tropas do exército de Lee desfaziam-se à vista dos olhos, os soldados esgotados pelas privações e enlouquecidos pelas cartas que recebiam de seus familiares desesperados, retornavam aos seus locais de origem para salvar aquilo que ainda possuíam. Outrossim, desde a primavera de 1865, os Yankees repreenderam a ofensiva, os desiguais exércitos Confederados são reduzidos a capitular. O General Lee o faz em Appomatox, em 9 de abril de 1865, o General Johnson, oito dias mais tarde.

A horrível guerra enfim estava terminada. Mas o retorno à paz e a uma vida normal, pelo menos no Sul, não foi assegurado. O Norte se encarregou de fixar em quais condições os Estados que fizeram a secessão seriam integrados à União e de determinar o novo estatuto dos negros que não eram mais escravos. Ao fim de dez anos de lutas políticas complicadas, se chega, por cansaço, a um Estado de fato que deixava de subsistir a graves problemas.

Fonte: CORTEGGIANI, François, BLANC-DUMONT, Michel. La Jeunesse de Blueberry tome 11 La Piste des maudites. Paris, França: Dargaud Éditeur, 2000.


A primeira prancha de "Le boucher de Cincinnati", 
volume 14 de "La Jeunesse de Blueberry". 
© Corteggiani / Blanc-Dumont - Dargaud 2005


A série “A Juventude de Blueberry” aborda o conflito armado, entre os Estados norte-americanos, chamado de Guerra Civil, pela União, os Estados do Norte, e de Guerra de Secessão, pela Confederação, os Estados do Sul.



A primeira prancha de "100 Dollars pour mourir", 
volume 16 de "La Jeunesse de Blueberry".  
© Corteggiani / Blanc-Dumont - Dargaud 2007

A série "La Jeunesse de Blueberry" ("A Juventude de Blueberry") foi lançada, em 1968, em "Pilote Super Pocket" e em álbum a partir de 1975, pela Dargaud Éditeur e tem, até 2012, vinte álbuns publicados: três de Jean-Michel Charlier e Jean Giraud, três de Jean-Michel Charlier e Colin Wilson, três de François Corteggiani e Colin Wilson, e onze de François Corteggiani e Michel Blanc-Dumont. A série continua sendo publicada com roteiros de Corteggiani e desenhos de Blanc-Dumont.




A terceira prancha da história "Gettysburg", 
volume 20 de "La Jeunesse de Blueberry".  
© Corteggiani / Blanc-Dumont - Dargaud 2012



A Batalha de Gettysburg, de 1º a 3 de julho de 1863, ocorrida nos arredores e dentro da cidade de Gettysburg, Pensilvânia, foi a batalha com o maior número de vítimas na Guerra Civil dos Estados Unidos da América e ponto culminante da segunda invasão do Norte pelo Exército Confederado do General Robert E. Lee. A vitória das forças federais é frequentemente citada, junto com a queda de Vicksburg, como o ponto de inflexão da guerra, a partir do qual a iniciativa passaria em definitivo para as mãos da União. Até o verão de 1863, a Confederação colecionou vitórias no teatro de operações leste da Guerra Civil dos Estados Unidos da América.

Após o último sucesso em Chancellorsville, em maio de 1863, Lee conduziu o seu Exército da Virgínia do Norte, pelo Vale do Shenandoah, esperando chegar até Harrisburg, Pensilvânia, ou mesmo Filadélfia. Com isso buscava desmoralizar o oponente a ponto de forçar negociações de paz em termos favoráveis à Confederação. Uma brilhante vitória em solo inimigo aumentaria ainda a chance de conseguir apoio de potências internacionais, alguma das quais já incomodadas com as ambições continentais dos Estados Unidos da América
. Adicionalmente, Lee deslocaria as suas tropas das regiões da Virgínia devastadas pela guerra, que pouco podiam oferecer para subsistência dos seus soldados, para ricas regiões além do Potomac.

Sob pressão do presidente dos Estados Unidos da América, Abraham Lincoln, o Maj. Gal. Joseph "Fighting Joe" Hooker moveu o Exército do Potomac em perseguição ao General Lee, mas foi substituído no comando pelo Maj. Gal. George Gordon Meade, apenas três dias antes da batalha. Meade assumiu o comando em plena situação de crise, com exército abalado pelas sucessivas derrotas, e sem tempo para uma preparação adequada. As baixas dos exércitos de Potomac e da Virgínia do Norte somaram algo entre 46 mil e 51 mil homens. União reportou ter perdido 23.055 soldados (3.155 mortos, 14.531 feridos e 5.369 capturados ou desaparecidos). Os números do lado confederado são mais difíceis de estimar. Fala-se em até 28 mil baixas. O respeitado livro de Busey e Martin, “Regimental Strengths and Losses”, reporta 23.231 baixas (4.708 mortos, 12.693 feridos, 5.830 capturados ou desaparecidos). Aproximadamente oito mil corpos humanos tinham que ser rapidamente enterrados. Perto de três mil carcaças de cavalo foram queimadas. Sob o sol escaldante de verão, a população local sofreu com doenças por vários meses após a batalha.

As consequências mais evidentes da vitória da União, além da interrupção do progresso dos Confederados rumo ao Norte, aconteceram no âmbito moral. Quebrou-se o mito de invencibilidade do General Lee, o que devolveu entusiasmo à causa Yankee, ao mesmo tempo que introduziu o germe de dúvida na cabeça dos combatentes sulistas. As esperanças dos políticos Confederados de conseguir suporte internacional murcharam. No plano econômico, os bônus de guerra emitidos pelos Estados Confederados da América sofreram uma severa desvalorização, agravando as dificuldades econômicas já existentes em função do bloqueio naval. Entretanto, vários historiadores argumentam que outros fatores foram mais importantes para definir o resultado da guerra. A queda de Vicksburg dividiu a Confederação em dois, e abriu caminho para a famosa Marcha ao Mar de Sherman.

Igualmente significativo foi Ulysses S. Grant ter sido alçado ao comando no teatro de operações leste. Contrário aos seus antecessores, Grant manteve pressão ininterrupta sobre Lee, ao custo de assustadoras baixas dos dois lados. Mas as baixas Confederadas, contrário àquelas da União, não podiam ser repostas com facilidade. Numa guerra de atrito, a vitória acabaria nas mãos da União.

Fonte: Wikipédia, com adaptações.

Afrânio Braga

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