terça-feira, 14 de julho de 2015

Grand Canyon

Grand Canyon, Arizona, Estados Unidos.


  Grand
Canyon
         A erosão que virou espetáculo natural


O Grand Canyon, localizado no noroeste do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, é o maior cânion do mundo, com 443 quilômetros de extensão. Escavado pelas águas coloridas do Rio Colorado ao longo de 6 milhões de anos, o Grand Canyon tem fendas verticais que chegam a incríveis 2.100 metros de altura. Em alguns pontos, fecha-se numa garganta estreita com menos de 200 metros entres seus paredões. Em outros, expande-se para que sua fenda atinja os 29 quilômetros de largura.

O Grand Canyon é uma área de importante interesse geológico, pois a erosão de seus paredões revelou marcas de três das quatro Eras geológicas da Terra. Outro atrativo são as areias do lugar, que podem assumir cores e tonalidades diferentes de acordo com a composição do solo e a incidência da luz.

A região do cânion já era habitada por índios quando chegaram os primeiros exploradores europeus, em 1540. No entanto, a primeira expedição bem-sucedida pelas águas do Colorado só aconteceu em 1869. Desde então, a beleza do cânion atrai um número crescente de visitantes. Em 1919, foi criado um parque nacional para proteger a paisagem, o Rio Colorado e os animais que vivem na região, que incluem o condor.

Hoje, o lugar recebe cerca de 5 milhões de turistas por ano. Além de contemplar a paisagem, os visitantes podem praticar atividades que vão da simples caminhada por suas trilhas que cruzam o cânion até o rafting pelo Rio Colorado, rapel pelas paredes do cânion e balonismo.


Horseshoe Band, Rio Colorado, Arizona.

O rio escultor

O Rio Colorado é o principal responsável pelo aparecimento do Grand Canyon. Suas águas rápidas, fruto principalmente do degelo das Montanhas Rochosas, escavaram a superfície do Deserto do Arizona ao longo de milhões de anos até constituir as forma que se veem hoje.

O rio nasce no Estado homônimo e atravessa todo o Grand Canyon até desembocar no Oceano Pacífico. Seu nome, Colorado, vem das diversas tonalidades que suas águas assumem ao longo do ano, indo do verde escuro, no período da seca, até o vermelho na época das chuvas.


Mapa do Grand Canyon National Park.


Mapa do Grand Canyon.


O Rio Colorado visto de Toroweap, Grand Canyon National Park.

Fonte: Coleção Maravilhas da Terra. Grandes Paisagens. São Paulo, SP, Brasil: Editora Peixes, 2003.

Coleção Maravilhas da Terra. Grandes Paisagens © Editora Peixes 2003

Fontes das imagens: Wikimedia: Grand Canyon, Arizona, Estados Unidos. Epochtimes: Horseshoe Band, Rio Colorado, Arizona. Nps: Mapa do Grand Canyon National Park. Azraft: Mapa do Grand Canyon. Adam Schallau: O Rio Colorado visto de Toroweap, Grand Canyon National Park.

N. C.: As imagens expostas no blog não constam da coleção da Editora Peixes.


Blueberry tocando violão no Grand Canyon, Arizona.

Ilustração integrante do portfólio “Blueberry”, do artista Mœbius (Jean Giraud).
Publicação em edição limitada de 1500 exemplares, com impressão litografada em Cartridge Paper, dimensões de 32 x 25 cm, em 1983. Uma edição limitada impressa com o essencial de Blueberry, famoso personagem western de Jean Giraud.

Fonte: illustrationartgallery.

Portfolio Blueberry Jean Gir © Jean-Michel Charlier, Jean Giraud, Éditions Gentiane 1983



Blueberry “Country & Western”, uma imagem descoberta no Portfolio “Blueberry”, publicado por Gentiane, em 1983, reprisada, em cartão postal, em cores, por Aedena, em 1984.

Fonte: Mister Jacq.

Blueberry carte postale © Jean-Michel Charlier, Jean Giraud, Éditions Aedena 1984



O local, no Grand Canyon, que inspirou Jean Giraud na ilustração de Blueberry tocando violão no famoso cânion.

Fonte da imagem: Las Vegas Grand Canyon Tours.


A série “Blueberry” foi criada por Jean-Michel Charlier e Jean Giraud.

Blueberry © Jean-Michel Charlier, Jean Giraud, Dargaud Éditeur


Afrânio Braga


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Blueberry : La Jeunesse de Blueberry

Blueberry : La Jeunesse de Blueberry

“La Jeunesse de Blueberry” tem contado a origem nos suplementos trimestrais da revista “Pilote”: os “Super Pocket Pilote”, entre 1968 e 1970. As séries como “Barbe-Rouge”, “Blueberry” e “Tanguy et Laverdure” são vistas tratadas sob o ângulo das aventuras de juventude dos heróis. O desenhista de “Blueberry”, Jean Giraud, tinha começado, desde o nº 1 de “Super Pocket Pilote”, produzindo uma história, cuja ele tinha escrito o roteiro. Jean-Michel Charlier retoma a mão no número 2 e contará no total oito histórias se desenrolando durante a Guerra de Secessão. A notar que duas histórias têm o mesmo título: “Chasse à l’homme”. Um descuido dos autores... Essas nove histórias (contando aquela escrita por Jean Giraud) são publicadas nos anos 1970 sob forma de álbuns (três álbuns ao todo).

2 – “Le Secret de Blueberry”
3 – “Le Pont de Chattanooga” 
4 – “3000 mustangs” 
5 – “Chevauchée vers la mort” 
6 – “Chasse à l’homme” 
7 – “Private MS Blueberry” 
8 – “Chasse à l’homme” 
9 – “Double jeu”


É na última vinheta da narrativa “Le Secret de Blueberry” (“Super Pocket Pilote” nº 2, outubro de 1968) que o jovem Mike Donovan se escolhe um patronímico para escapar de um apuro. Ele improvise e encontra... Blueberry.



Uma dezena de anos mais tarde, Jean-Michel Charlier prossegue a narração de “La Jeunesse de Blueberry”, mas com um novo desenhista, o neozelandês Colin Wilson, e em histórias de longo fôlego e não mais as narrativas completas de 16 páginas como nos “Super Pocket Pilote”. As duas histórias, que Jean-Michel Charlier tem escrito inteiramente, são pré-publicadas no quotidiano “France Soir” em 1985 e 1987 (o roteirista falece então quando ele tem escrito três quintos de uma terceira aventura, “Le Raid infernal”, que será terminada por François Corteggiani).

“Les Démons du Missouri”
“Terreur sur le Kansas”
“Le Raid infernal”


Le Secret de Blueberry


Extrato da prancha 15 de “Le Secret de Blueberry”, não repetido em álbum.


Le Pont de Chattanooga


As duas primeiras tiras da primeira prancha de “Le Pont de Chattanooga”, tais como elas se apresentaram em “Super Pocket Pilote” nº 3 (março de 1969). Abaixo, capa finlandesa do primeiro álbum “La Jeunesse de Blueberry”.















3000 mustangs


Abaixo e ao lado, duas imagens originais figurando em “Super Pocket Pilote” nº 4, de junho de 1969, mas que serão modificadas pelo desenhista para a publicação em álbum.



Chevauchée vers la mort
                                       













A prancha 1 de “Chevauchée vers la mort”, tal qual ela tem sido publicada, completa e não alargada, em “Super Pocket Pilote” nº 5 (setembro de 1969).


Chasse à l’homme


A primeira imagem da narrativa “Chasse à l’homme” (a primeira narrativa assim intitulada, aquela que tem sido publicada em “Super Pocket Pilote” nº 6).


Private MS Blueberry


Um extrato da prancha 13 da narrativa “Private MS Blueberry”, em “Super Pocket Pilote” nº 7 (março de 1970).


Chasse à l’homme


Em “Super Pocket Pilote” nº 8 (junho de 1970), o começo de outra narrativa intitulada, por descuido, “Chasse à l’homme”, como em “Super Pocket Pilote” nº 6... Os dois títulos em duplicação não serão mudados quando da publicação em álbuns (volumes 2 e 3 de “La Jeunesse de Blueberry”), muitos anos mais tarde.


Double jeu





As narrativas de “La Jeunesse de Blueberry”, roteirizadas por Jean-Michel Charlier, foram publicadas em preto e branco em “Super Pocket Pilote”, salvo “Double jeu” que tem sido beneficiada da cor. Essa vinheta, proveniente do episódio de “Super Pocket Pilote” nº 6 (“Chasse à l’homme”), em preto e branco na origem, tem sido colorizada, pois ela figura na capa de “Super Pocket Pilote” nº 9 para anunciar o episódio “Double jeu”.

O quadro amarelo é de fato o fundo da capa do pocket, sobre o qual aparecem igualmente as vinhetas (colorizadas para a ocasião) extraídas das histórias em quadrinhos “Tanguy et Laverdure” e “Achille Talon”, outros personagens célebres da publicação.

Les Démons du Missouri


As meia-pranchas 1B e 2A de “Terreur sur le Kansas”, publicadas no quotidiano “France-Soir”, em 1987, não têm sido reprisadas no álbum editado no mesmo ano. Eis, acima, a prancha 2A. As passagens faltantes são concernentes a uma parte do resumo do episódio precedente.


Terreur sur le Kansas


Extrato da prancha 5 de “Terreur sur le Kansas” (acima). Trata-se da colocação em desenho, por Colin Wilson, do roteiro feito, em croquis, por Jean-Michel Charlier (abaixo).



Jean-Yves Brouard
Site: www.jybaventures.net
Blog: http://jybaventures.blogspot.fr 

Blueberry : La Jeunesse de Blueberry © Jean-Yves Brouard 2004


Um grande agradecimento a Jean-Yves Brouard, desenhista, fotógrafo, piloto de avião, escritor, roteirista e editor de Bandes Dessinées, especialista da carreira de Jean-Michel Charlier e criador e autor de jmcharlier.com, que gentilmente presenteou o seu artigo Blueberry : La Jeunesse de Blueberry – Blueberry: A Juventude de Blueberry -, publicado em seu site consagrado a Jean-Michel Charlier, o maior roteirista da história em quadrinhos francófona, o Alexandre Dumas da Bande Dessinée.

Afrânio Braga